Epic/CBS 235.048
Lançamento: setembro de 1980FICHA TÉCNICA
Estúdio Transamérica (16 canais)
Técnicos de gravação: Aníbal Felix e Waldir Pinheiro
Auxiliares de gravação: Jorge e Marco AurélioEstúdio Hawai (16 canais)
Técnicos de gravação: Carlinhos e Deraldo
Auxiliares de gravação: Índio e PeninhaMixagem: Deraldo
Direção artística: Adalberto Ribeiro e Mauro Motta
Produção: Mauro Motta
Assistente de produção: Bebeth Holmes e Elba RamalhoFotos: Cafi
Visual da artista: Katia Mesel
Arte: Carlos E. M. de Lacerda
Direção de arte: Géu e Adalberto RibeiroEste trabalho tem a participação da BANDA ROJÃO formada por:
Guil Guimarães: baixo elétrico
Zé Américo: sanfona e piano
Joca: guitarra
Marcos Amma: percussão
Elber Bedaque: bateria
TEXTO ORIGINAL DO LP
Claridade é o fogo, o artifício, o cumprimento do ofício, a consciência do prazer.
Claridade é a luz do sol, raiar de todos os dias na alma, a nova geração, a pureza, o verbo, a reflexão, a ciência.
Um pavio aceso na escuridão.
Claridade é um rio correndo, todo o começo, todo o amor; é a poesia, é a música brasileira e todos os amigos do peito.
Claridade é Caetano, Gil, Mautner, Melodia, Chico, Geraldinho, Luiz Gonzaga, Luis Ramalho, Zé Ramalho, Amelinha, Vital, Valença, Nené, Jackson do Pandeiro, Sivuca, Noveli, Schangai, Tadeu, Bráulio, Umbelino, Romero, Washington, Dal, João, Carlinhos Jullien, Carlos Fernando, Katia Messel, de França, Abdias, Robertinho de Recife, Milton Nascimento, Paulo Rafael, Zé da Flauta, Pedro Osmar, Elomar, Jatobá, Mirabô, Capinan, Paulinho Tapajós, Nelsinho, Guil, Zé Américo, Joca, Elber, Marcos Amma, Mauro Motta, Bebeth, Beto Ribeiro, Coutinho e Géu.
Com um beijo,
Elba Ramalho
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Caldeirão dos Mitos
(Bráulio Tavares)
Letra
Eu vi o céu à meia-noite
Se avermelhando num clarão
Como o incêndio anunciado
No Apocalipse de São João
Porém não era nada disso
Era um corisco, era um lampião
Eu vi um risco nos espaços
Era o revoo de um sanhaçu
Eu vi o dia amanhecendo
No ronco do maracatu
Não era a lança de São Jorge
Era o espinho do mandacaru
Vi um profeta conduzindo
Pros arraias as multidões
Pra construir um chão sagrado
Com espingardas e facões
Não foi Moisés na Palestina
Foi Conselheiro andando nos sertões
Eu vi um som na escadaria
Dó-re-mi-fá sol-lá-si-dó
Não era o eco das trombetas
De Josué em Jericó
Era um fole de oito baixo
A tocar numa noite de forró
Vi um magrelo amarelado
Passando a perna no patrão
Não foi ninguém da Inglaterra
Nem de Paris, nem do Japão
Era o Pedro Malazarte, era João Grilo
E era Cancão
Ouvi um som ao meio-dia
No meio do chão do Ceará
Não era o coro dos arcanjos
Nem era a voz de Jeová
Era uma cascavel armando o bote
Balançando o maracá
Vi uma mão fazer no barro
Um homem forte, um homem nu
Um homem branco como eu
Um homem preto como tu
Porém não foi a mão de Deus
Foi Vitalino de Caruaru
Porém não foi a mão de Deus
Foi Vitalino de Caruaru
Porém não foi a mão de Deus
Foi Vitalino de Caruaru
FICHA TÉCNICA:
Arranjo: Banda Rojão
Fole de 8 baixos: Abdias
Sanfona: Zé Américo
Baixo elétrico: Guil Guimarães
Zabumba: Fausto Maciel
Pandeiro: Edson Dutra e Marcos Amma
Triângulo: Dida
Agogô: Osvaldo Oliveira e Marcos Amma
Efeitos: Marcos Amma
Viola de 12 cordas: Joca
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Nó Cego
(Pedro Osmar)
Letra
É você a pessoa que deu
Um nó cego em meu peito
De apaixonado, de apaixonado?
É você a pessoa que deu
Um nó cego em meu peito
De apaixonado, de apaixonado?
É você
O mascarado que me trancou
O mascarado que me trancou
Nessa noite sem amor?
Nessa noite sem amor?
É você amigo?
É você o inimigo?
É você o perigo?
É você?
É você amigo?
É você o inimigo?
Você o perigo?
É você?
É você a garra de fome
Que atormenta o presente?
É você que mente muito?
É você a garra de fome
Que atormenta o presente?
É você que mente muito?
Que me engana
Que me rouba da vida?
Que me engana
Que me rouba da vida?
Que me engana
Que me rouba da vida?
FICHA TÉCNICA:
Viola de 10 cordas: Pedro Osmar
Baixo elétrico: Guil Guimarães
Guitarra: Joca
Percussão e surdo do maracatu: Marcos Amma
Bateria: Elber Bedaque
Violão: Geraldo Azevedo
Sitar: Robertinho de Recife
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Pés de Milho
(Jatobá)
Letra
Pés de milho
Os andarilhos
Como os nossos filhos
Procurando vinte milhas
Pelas nossas filhas
Protegendo os milharais
Como as nossas mães
Perseguindo os animais
Como os nossos pais
Comparando a rouxinóis
Tal nossos avós
Flutuando pelos rios
Como os nossos tios
Fungos, cogumelos, limos
Como os nossos primos
Tanta gente tão aflita
Que eu nem sei ainda
Se transformo o trigo em pão
Pra nossos irmãos
Ou transformo o pão em trigo
Pros nossos amigos
Que estão salvos do perigo
Do primeiro abrigo
Procurando girassóis
Como todos nós
FICHA TÉCNICA:
Arranjo, regência de cordas, piano elétrico e sanfona: Zé Américo
Baixo elétrico: Guil Guimarães
Viola de 12 cordas: Joca
Bateria: Elber Bedaque
Congas, atabaques e efeitos: Marcos Amma
Violão: Geraldo Azevedo
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Légua Tirana
(Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira)
Letra
Ó, que estrada mais comprida
Ó, que légua tão tirana
Ai, se eu tivesse asas
Inda hoje eu via Ana
Quando o sol tostou as folhas
E bebeu o riachão
Fui inté o Juazeiro
Pra fazer minha oração
Tô voltando estropiado
Mas alegre o coração
Padim Ciço ouviu minha prece
Fez chover no meu sertão
Varei mais de vinte serras
De alpercata e pé no chão
Mesmo assim como inda farta
Pra chegar no meu rincão!
Trago um terço pra das Dores
Pra Reimundo, um violão
E pra ela, e pra ela
Trago eu e o coração
E pra ela, e pra ela
Trago eu e o coração
FICHA TÉCNICA:
Arranjo de cordas: Alexandre Gnatalli
Arranjo de base e violão de 7 cordas: Dino
Cavaquinho: Manassés e Canhoto
Violão de 6 cordas: Meira
Sanfona: Sivuca
Flauta: Franklin
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Porto da Saudade
(Alceu Valença)(Refrão do folclore nordestino)
Letra
Faz tanto tempo
Tempo é rua solidade
Leia saudade quando escrevo solidão
Quis o destino tortuoso dos ciganos
E as aventuras dos pneus de um caminhão
Que atravessava o riacho de salobro
Deixando marcas desenhadas pelo chão
O vento vinha e varria à minha volta
A ventania e o tempo não tem compaixão
A ventania e o tempo não tem compaixão
Ó, mana deixa eu ir
Ó, mana eu vou só
Ó, mana deixa eu ir
Pro sertão de Caicó
Faz tanto tempo
Tempo é o porto da saudade
Praias do Rio de Janeiro no verão
Quero o destino das águas dos oceanos
Me evaporando preu chover no riachão
Mergulharia no riacho de salobro
Lavando a culpa como se eu fosse cristão
O vento vinha e varria à minha volta
A ventania e o tempo não tem compaixão
A ventania e o tempo não tem compaixão
FICHA TÉCNICA:
Arranjo: Banda Rojão
Baixo elétrico: Guil Guimarães
Viola de 12 cordas: Joca
Violão: Geraldo Azevedo
Sanfona: Zé Américo
Bateria: Elber Bedaque
Triângulo e agogô: Marcos Amma
Coro: Aleuda, Cristina Ponce e As Gatas (Francinete, Eurídice, Zenilda e Dinorah)
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O Violeiro
(Elomar)
Letra
Vou cantar num canto de primeiro
As coisas lá da minha mudernáge
Que me fizeram errante violeiro
Eu falo sério e não é vadiáge
E pra você que agora está me ouvindo
Eu juro inté pelo santo menino
Víge Maria, que ouve o que eu digo
Se for mentira, me mande um castigo
Iapôis pro cantador e violeiro
Só há três coisas nesse mundo vão
Amor, forria, viola
Nunca dinheiro
Viola, forria, amor, dinheiro não
Viola, forria, amor, dinheiro não
Cantador de trovas e martelos
De gabinete, ligeira e mourão
Ai, cantador, corri o mundo inteiro
Já inté cantei nas porta de um castelo
De um rei que se chamava de João
Pode acreditar meu companheiro
Adispôis de eu ter cantado o dia inteiro
O rei me disse “fica”, eu disse “não”
Se eu tivesse de viver obrigado
Um dia e antes desse dia eu morro
Deus fez os hôme e os bicho tudo fôrro
Já havia escrito no livro sagrado
Que a vida nessa terra é uma passagem
Cada um leva um fardo pesado
É o ensinamento que desde a mudernáge
Eu trago dentro do coração guardado
Tive muita dor de não ter nada
Pensando que esse mundo é tudo ter
Mas só depois de penar pelas estrada
Beleza na pobreza é que fui ver
Fui ver na procissão, louvado seja
O malassombro das casa abandona
Coro de cego na porta das igreja
E o ermo da solidão nas estrada
Pispiando tudo do começo
Eu vou mostrar como se faz um pachola
Ai, que enforca o pescoço da viola
E revira toda a moda pelo avesso
E sem arreparar se é noite e dia
Vai assim cantar o bem da forria
Sem um tostão na cuia o cantador
Canta até morrer o bem do amor
FICHA TÉCNICA:
Viola de 10 cordas e violão: Zé Menezes
Viola de 12 cordas: Joca
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Banquete de Signos
(Zé Ramalho)
Letra
Discutir o cangaço com liberdade
É saber da viola, da violência
Descobrir nos cabelos inocência
É saber da fatal fertilidade
Descobrir a cidade na natureza
Descobrir a beleza dessa mulher
Descobrir o que der boniteza
Na peleja do homem vier, quando vier
Descobrir o bagaço dos engenhos
No melaço da cana mais um beijo
Descobrir os desejos que não tem cura
Saracura do brejo na novena
Descobrir a serena da natureza
Descobrir a beleza dessa mulher
Descobrir o que der boniteza
Na peleja do homem vier, quando vier
FICHA TÉCNICA:
Arranjo e regência: Miguel Cidras
Bateria: Picolé
Baixo elétrico: Paulo César
Guitarra e guitarra portuguesa: Robertinho de Recife
Violão ovation: Geraldo Azevedo
Viola ovation: Zé Ramalho
Zabumba: Boré
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Espiral do Tempo
(Geraldo Azevedo / Carlos Fernando)
Letra
Antes da China, o bicho da seda
Depois o homem, o sabor, o metal
Antes de todos, formiga e abelhas
João e Maria, a asa, a paz
Ávido pássaro, brilho de prata
Bico de ponta, sede de amar
Ávido pássaro, brilho de prata
Bico de ponta, sede de amar
O sol das Américas, o cio da África
A energia que muda as quatro estações
O pendão do trigo, a mão dos padeiros
A lã dos carneiros, o mar e sertões
FICHA TÉCNICA:
Baixo elétrico: Guil Guimarães
Guitarra: Joca
Violão: Geraldo Azevedo
Bateria e timbales: Elber Bedaque
Percussão, bongô e cowbell: Marcos Amma
Órgão: Zé Américo
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Capim do Vale
(Sivuca / Paulinho Tapajós)
Letra
Lava esse cheiro de erva
Pimenta e capim do vale
Lava esse cheiro de erva
Pimenta e capim do vale
Lava o suor da colheita
E aceita que eu te agasalhe
Lava o suor da colheita
E aceita que eu te agasalhe
Larga a madeira na estrada
E larga essa faca de entalhe
Larga a madeira na estrada
E larga essa faca de entalhe
Larga o patrão na picada
E aceita que eu te agasalhe
Larga o patrão na picada
E aceita que eu te agasalhe
Sempre há de haver algum trigo
E da terra algum pedaço
Guarda a tua mão pra um amigo
Que não vai querer teu braço
Guarda a tua mão pra um amigo
Que não vai querer teu braço
Deixa o dinheiro mal pago
E mande que ele trabalhe
Deixa o dinheiro mal pago
E mande que ele trabalhe
Enquanto você toma um trago
E aceita que eu te agasalhe
Enquanto você toma um trago
E aceita que eu te agasalhe
Deita teu corpo em meu ventre
Que eu guardo a tua semente
Deita teu corpo em meu ventre
Que eu guardo a tua semente
Ninguém carrega a colheita
Dos frutos que são da gente
Ninguém carrega a colheita
Dos frutos que são da gente
FICHA TÉCNICA:
Arranjo e regência de base: Sivuca
Baixo elétrico: Zé Américo
Guitarra: Joca
Sanfona e colher: Sivuca
Zabumba: Marcos Amma
Triângulo: Peninha
Ganzá: Café
Congas: Café, Peninha e Marcos Amma
Coro: Aleuda, Cristina Ponce, As Gatas (Francinete, Eurídice, Zenilda e Dinorah), Tadeu Mathias, Guil Guimarães, Joca, Marcos Amma, Zé Américo, Carlos Jullien, Carlos Fernando e Sílvio Romero
Palmas: Guil Guimarães, Joca, Marcos Amma, Zé Américo, Carlos Jullien, Tadeu Mathias, Carlos Fernando, Sílvio Romero, Chico Jullien e Mochel
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Fulô da Margem
(Mirabô / Capinan)
Letra
Não sou fulô que se cheire
E que se deixe murchar
Nem sou o mato onde morre
Onde corre a Estrela Dalva
Eu não sou corpo que se corte
Eu não sou sorte que se enjeite
Eu não sou porto que se deixe
Moreno, sem me levar
Eu não sou carne e nem sou peixe, moreno
Rio abaixo, rio acima
Nem sou cacimba vazia
Que se enche de chorar
Eu não sou braço de mar, moreno
Que não se deixe abraçar
Nem sou a fulô da margem, moreno
Que não se possa cheirar
Nem sou a fulô da margem, moreno
Que não se possa cheirar
FICHA TÉCNICA:
Arranjo de base e sanfona: Zé Américo
Baixo elétrico: Guil Guimarães
Guitarra: Joca
Bateria: Elber Bedaque
Violão: Geraldo Azevedo
Triângulo e agogô: Marcos Amma
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Imbalança
(Luiz Gonzaga / Zé Dantas)
Letra
Óia a paia do coqueiro quando o vento dá
O tombo da jangada nas onda do mar
Olha o tombo da jangada nas onda do mar
Óia a paia do coqueiro quando o vento dá
Pra você aguentar meu rojão
É preciso saber requebrar
Ter molejo nos pés e nas mãos
Ter no corpo o balanço do mar
Ser que nem carrapeta no chão
E virar folha seca no ar
Que é pra quando escutar meu baião
Imbalança, imbalança, imbalançar
Imbalança, imbalança, imbalançar
Imbalança, imbalança, imbalançar
Imbalança, imbalança, imbalançar
Imbalança, imbalança, imbalançar
Você tem que viver no sertão
Pra na rede aprender embalar
Aprender a bater no pilão
Na peneira aprender peneirar
Ver relampo no mêi do trovão
Fazer cobra de fogo no ar
Que é pra quando escutar meu baião
Imbalança, imbalança, imbalançar
Imbalança, imbalança, imbalançar
Imbalança, imbalança, imbalançar
Imbalança, imbalança, imbalançar
Imbalança, imbalança, imbalançar
FICHA TÉCNICA:
Baixo elétrico: Guil Guimarães
Guitarra: Paulo Rafael
Sanfona: Zé Américo
Pandeiro: Jackson do Pandeiro
Triângulo: Tinda
Ganzá: Vicente Pereira
Agogô: Loza
Zabumba: Ciço
Flauta: Zé da Flauta
Caxixi: Marcos Amma
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Veja (Margarida)
(Vital Farias)
Letra
Veja você
Arco-íris já mudou de cor
E uma rosa nunca mais desabrochou
E eu não quero ver você
Com esse gosto de sabão na boca
Arco-íris já mudou de cor
E uma rosa nunca mais desabrochou
E eu não quero ver você
Eu não quero ver
Veja, meu bem
Gasolina vai subir de preço
E eu não quero nunca mais seu endereço
Ou é o começo do fim
Ou é o fim
Eu vou partir
Pra cidade garantida, proibida
Arranjar meio de vida, Margarida
Pra você gostar de mim
Essas feridas da vida, Margarida
Essas feridas da vida, amarga vida
Pra você gostar
(Pra você gostar de mim)
FICHA TÉCNICA:
Arranjo e regência de base: Vital Farias
Baixo elétrico: Guil Guimarães
Violão: Vital Farias
Viola: Joca
Piano: Zé Américo
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Caldeirão dos Mitos
(Bráulio Tavares)
Letra